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sábado, 9 de novembro de 2013

Não tente entender

não tente entender

...não tente entender...
Nua em seu quadrilátero, a hipotenusa é a deusa dos ângulos onde os triângulos se realizam...

Não tente entender,
leia se quiser,
sinta se puder ,
enquanto puder crer...

No avesso de um coração travesso,
Onde ansiosa a agonia,
Se revela o começo,
Existe uma sala vazia...

Um amor distante,
Aborrecido,se faz perdido,
Por ser menos importante,
De quem o fez nascido.

Vazio é um lugar ausente,
De algum ser ou sentimento,
A paixão é a semente,
O amor o alimento...

Quem não caminha,
Pela alma vazia,
Não ouviu a ladainha,
Do sofrimento que havia...

E, este exercício ,
De sofrer sem sentir dor,
É apenas o ínício,
Do que se chama amor...

Haverá dias sem noites ,
Sem descansos, sem sonhar;
As faltas serão açoites,
De quem não soube se amar...

Quem brinca com a própria sorte,
E subestima a paixão,
Ver-se-á de cara com a morte,
Sem ter nada no coração...

Todo canto vago,
Atrai o invasor,
Praga de algum mago,
Conhecedor do amor...

O invasor então se apossa,
Do coração travesso,
Que apesar da casca grossa,
É virado ao avesso.

Neste eterno ir e vir,
Onde se arrisca tudo,
Amar sem querer dividir,
É verão com sobretudo...

Toda ida tem regresso,
Mas só na volta se pode saber,
Se houve algum progresso,
No amor que se quer reviver...

Eu não me encontro no caminho do castigo,
Apesar de saber que um dia ele virá,
Talvez acabe comigo,
Talvez apiedar-se-á...

Mesóclise em rima mal trabalhada,
é o castigo de quem ama sem dizer,
Que em alguma encruzilhada,
O fim há de conhecer...

Verbo com rima fácil,oportuna,
Há quem rime advérbio com verbo ,pensando fazer bom negócio,
Mas não se faz fortuna,
Quando o amor é fruto do ócio...

O amor tem que dar trabalho,
Ser fiel enquanto infideliza,
É um jogo de baralho,
Quem não joga inferniza...

Leito de rio seco na natureza,
É o coração de quem amou,
Qualquer chuva vira correnteza,
E seca do jeito que começou...
Léo s bella




Escrito por leo às 22h59 escrito em  10/novembro de 2007

O que há entre o Ser e o não ser?

escrito em 03 de novembro de 2007

 O que há entre o ser e o não ser...


Poucas ou muitas virtudes?
Muitas ou poucas atitudes?
Silencio significando quietude,
Ou voz sem magnitude...?

Entre o discurso e o fantasma dedicado,
Há no caminho, uma folha,
Escrito e bem rabiscado,
Aqui jaz uma escolha...

No cartel que envolve o dilema da escolha abandonada,
Seres simbioticos viventes na neurose,
Carentes de “over dose”,
Sustentam a pose...

Posar ou pousar eis a questão!!!!!!!!!!!
Posar intelectualidade, não exclui o destino,
Pousar sobre a arritmia de um fantasma então,
É desconhecer o próprio intestino...

Porque se desconhece , acontece a tragédia,
Decantada em prosa e verso,sem miséria,
Discutida como se o outro dia... ,
Fosse uma pilhéria...


A simbiose ao certo faz viver o analista,
Que anseia por uma cabeça carente,
Que resista ,
Que insista ,não ser doente....


Entre o ser e o saber mundano da escolha produzida,
Sempre haverão aqueles que se embriagam,
Pelo bafo alheio,
Dos que não tragam...

Assim, o diabo burro e insano,
Não se sente profano,
Veste-se de quase humano,
Com qualquer pano...


Entre o ser e o não ser,
Existe você , que veio ao mundo sem bula,
Para se ler,
sem gula para comer,
sem tédio,
sendo um remédio,
pra quem se dispuser conhecer e,
aprender,
sonhar e viver,
não como um ser qualquer...,
mas com você, uma mulher...

léo

A mulher é capaz de fazer até o
diabo sentir-se bem no inferno...

A trama que nos envolve...

a trama que envove e nos revolve..

Envolve-se na trama,
quem trama;
quem trata;
quem ama;
quem se maltrata por não querer tramar...
As relações que se contraem ,
atraem,aqueles que traem e se constroem do que subtraem...

Cada nó da malha que se faz corrompida,
sustenta a rede carcomida,
que o pescador não ousa trocar,
apenas pelo medo do azar...
Mas o nó não corre nas amarras,
apenas insiste,
não resiste,
e não resolver o problema,
eis que o tema,
na ordem do discurso,
é apenas manter o curso...
Tal qual no deserto d'alma,
o curso não importa,
o que salva é o rumo certo,
embora em estrada torta...

Qualquer moeda vale a vida,
quando nada se tem
e brinca-se de fazer consumida a fortuna de alguém...

Saber construir relações,
custa mais caro do que se pensa,
não pelos altos preços das ações,
mas pelo que a vida se torna tensa..

É mistério o que não se sente...
É azar, quando o conhecimento é pouco...
É engano pensar que é gente aquele que se finge louco...
Escrito por leo às 20h51 escrito em novembro de 2007, dia 05

talvez um dia...

talvez um dia...

Talvez o universo mistico que que todos procurem seja o meu porto seguro...talvez...
Talvez num espaço paralelo onde as retas se confundem com o paralelismo das identidades e das individualidades , seja onde trabalho...talvez....
Talvez ... advérbio temporal que se sobrepõe ao conhecimento do inculto e do incauto, capaz de responder mil perguntas, sem sequer definir-se pelo não como prerrogativa primeira, seja apenas uma maneira de deixar que a curiosidade se lance, em frenezi, em procura do que está embaixo do próprio nariz...talvez...
Talvez porque o tempo nesta vida seja o maior carrasco, o asco não tenha sentido sentir, pena e piedade ...talvez.....
Talvez...,longe de ser um filosofo, um autor, escritor,eu esteja aguardando a sua visita para partilhar das idéias, que se reciclam pelo raciocínio de um bom interlocutor, não do pensamento redundante de quem ouve pela boca, come com os olhos e cospe com a orelha,...talvez...
Talvez... um dia você entre e se apresente e eu ainda esteja por aqui, presente como sempre estive, ouvindo os dois lados da vida...talvez...
Escrito por leo às 20h36 05 novembro de 2007

De quem é a vez?

de quem é a vez ?

DE QUEM É A VEZ?

De quem é a vez?
Não da preguiça, nem da vontade,
Não do sorriso, nem da beleza:
Não da mentira nem da verdade,
Tampouco da tristeza...

De quem é a vez?
De viver intensamente tal adolescente,
De viver amargurado, cansao;
De apenas não viver indecente,
Ou, viver apaixonado?

De quem é a vez?
De quem joga a última cartada;
De quem chegou de longa jornada;
De quem levanta pela madrugada;
De quem se perdeu na estrada...

De quem é a vez?
De quem sorriu para não chorar;
De quem corre na chuva;
De quem fugiu pra não pagar;
De quem não gosta de uva...

De quem é a vez?
Seja de quem for a vez agora,
Peço licença para lembrar,
aquele que está lá fora,
Está querendo entrar...

Um caminho não existe porque foi aberto... mas ele resiste enquanto houver alguém usando.... porém as lagrimas vão embora sem levar
a saudade ou preencher o vazio daquilo que se sabe não saber...
Escrito por leo às 20h58

um verão enfurecido

um verão enfurecido

Primavera indecisa, renitente em deixar o inverno;
Temerosa de assumir suas próprias cores,parece não querer aproximar-se do verão...
Tal amantes que se atraem e se retraem em seus amores...

A chuva mensageira emudece os pássaros;
Apenas a sabia vadia e solitáia chama,
Enquanto sacode suas penas espantando ácaros;
A prima Vera vive um dilema...

Porque o Inverno insiste em torturar a bela?
Que não resistirá sem suas flores...
Se morre, a Primavera, sumirá da tela,
A estação que desponta o encontro dos amores...

Mas o calor da transição não beira,
E o verão irriquieto se atormenta em seu inferno,
Envia uma tempestade sorrateira,
Tentando acabar com o inverno...

Mas quem se fere mortalmente é a Primavera,
Que agora agoniza no frio e na chuva...
O inverno insistiu em domina-la tal uma fera,
E o verão não quer ficar sem suas uvas...

Então subitamente a ordem é invertida,
O verão antecede a Primavera e parte para a luta,
Atacando o Inverno tirando-lhe a vida...
Encerra a estação absoluta...

Sem cura para o sofrimento e a agonia,
Morre a Primavera por carência do Inverno,
O Verão sofre pela estação vazia,
E o Outono transforma-se no calor do inferno...

O Verão arma-se com trovões ,raios e tempestade,
pra acabar definitivamente com o combate...
O Outono apenas chama os amantes e com vontade,
Parte em direção ao final do embate...

Tempestades, raios, trovões,são lançados em vão,
Na direção do outono; os amantes fogem,...
Atingido pela sua própria ira, tomba o verão,
Mas nesta batalha sem deuses ambos morrem...

O demônio então delicia-se com a vitória,
Daquilo que ele desfez,
Perde-se na glória,
Do que não fez...
leo s bella

Um cão vadio , um coração vazio...

 

 

 

06/11/2007

um cão vadio, um coração vazio...

UM CÃO VADIO, UM CORAÇÃO VAZIO


O cão vadio, sem viço, faz parte da soleira,
Bebe sem dono na lata enferrujada,
Na porta a tranca derradeira,
Perde-se em lembranças, abandonada...

Na parede surrada, empobrecida de beleza,
A velha tela conta uma história,
De quem seguindo a própria natureza,
Lutou sem coneguir vitória...

A brisa que atravessa a janela,
É a única que conhece os segredos,
Dos corredores sombrios e da velha tela,
Que nunca mostrou seus próprios medos...

Sem poder se fechar, aberta se tornou,
Um canto para o canto do cnário,
Que trinando a vida sempre retornou,
Única peça viva neste cenário...

Mas como uma peça não se faz sem protagonista,
Também, uma pagina não se escreve sozinha,
Talvez por isto o próprio corpo do artista,
Ainda esteja caído, inerte, na cozinha...

Entender que a tela ficou sem dono,
Creio ter ficado bem esclarecido,
Mas o cão, neste abandono,
Ainda espera o desaparecido,,,

Por que então o cão vadio não se lança,
em busca de outro dono, outro lar?
Será que ainda vive na esperança,
Da porta abrir-se para ele entrar?

Escrito por leo às 21h10